A Praxe é algo que ao ser mencionada desperta ódios e paixões mas é um ritual essencial na entrada no Ensino Superior, simultaneamente, um conjunto de regras, tradições e práticas das Instituições Académicas que têm como objetivo fazer com que os alunos se sintam integrados e são organizadas e coordenadas pelos alunos mais velhos dos diversos cursos existentes na Instituição.
Como aluna do Ensino Superior e Caloira de Praxe acredito que o que ajuda ao sucesso na vida académica seja a boa integração dos alunos e esta fase possibilita o convívio entre todos os que já se encontram nas universidades e aqueles acabaram de ingressar para se formarem e trilhar um caminho de sucesso.
As aulas, como de costume, começaram a uma segunda-feira mas no domingo que antecedeu esse dia houve um convívio para os novos caloiros onde tivemos a oportunidade de conhecer alunos de segundo e terceiro ano. Foi uma noite divertida, apesar do nervosismo inicial por nos encontrar-mos numa cidade desconhecida e não conhecer-mos ninguém, foi uma ótima oportunidade para nos sentir-mos mais integrados. Lembro-me perfeitamente da 1ª praxe que tivemos: foram chamar-nos, tinham caras sérias e nós, caloiros "fresquinhos", estávamos curiosos e envergonhados; após nos organizarem numa longa fila mandaram-nos virar a roupa do avesso e andar assim o resto do dia. Foi uma correria para a casa de banho e todos estávamos divertidos pela situação caricata. Foi assim que se deu inicio às praxes académicas da minha faculdade.
Mas a Praxe tem um papel muito mais importante do que apenas nos divertir ou brincar, sem menosprezar esses objetivos complementares, igualmente importantes na vida dos jovens. Por de trás destas atividades lúdicas existe um papel fundamental de integração, de fumentação do conhecimento dos novos alunos sobre a história do Instituto onde estudam e sobre a aprendizagem do trabalho em equipa, do sentimento de pertença e esforço comum. A Praxe ensina valores que não são adquiridos em qualquer lado, são criadas amizades que levaremos para a vida adulta e são vividas experiências únicas.
Não posso negar que há uma certa passividade, desde o olhar para o chão quando superiores hierárquicos praxísticos falam connosco às penalizações que recebemos por desrespeitar as regras que são impostas pelo Código; mas não se deixem enganar por isso porque mesmo nessas situações existe um respeito mutúo entre iguais e superiores.
É importante lembrar que a participação, em qualquer praxe ou outras atividades académicas, é voluntária.
As Praxes variam de uma Instituição para outra, na minha foram realmente agradáveis, divertidas e participei com satisfação e esta é a minha experiência pessoal, espero que cada um de vocês possa disfrutar de experiências idênticas.
abril 06, 2019
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Tudo e Nada a Ver
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